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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Araucária ou Pinheiro do Paraná.

A sua Sinonímia Botânica é Araucaria brasiliana A. Reich. Pertence à divisão Pinophyta, classe Coniferopsida, ordem: Coniferae, família Araucariaceae e conhecida vulgarmente como pinheiro-do-paraná, pinho, brazilian pine, Pinheiro-Macaco, pinho-brasileiro e araucária (LORENZI, 2002).
            A Araucaria angustifolia, é uma espécie que apresenta caráter dominante na vegetação, representada por uma grande porcentagem dos indivíduos no estrato superior e ocorrendo como espécie emergente. Atinge grandes alturas e diâmetros (LONGHI, 1980; LEITE & KLEIN, 1990). A araucária apresenta grande contribuição na estrutura da floresta, dominando o estrato superior e permanecendo como indivíduos senis nas florestas mais desenvolvidas (LONGHI, 1980; JARENKOW, 1985). Segundo REITZ & KLEIN (1966), o pinheiro é uma espécie pioneira e heliófita, que avança e irradia-se sobre os campos de tal maneira que forma continuamente novos capões cuja composição varia de acordo com as condições edáficas e climáticas. Seu tronco é reto, uniforme e cilíndrico; e se ramifica em pseudo verticilos. Possui casca grossa, de cor marrom, áspera e rugosa. Sua altura pode variar de 30 a 50 metros e apresentar um diâmetro superior a 2 metros, suas folhas são coriáceas, glabras, agudíssimo-pungente, de 3 a 6 cm de comprimento por 1 cm de largura. Essa espécie na F.O.M. representa mais de 40% dos indivíduos arbóreos, seus valores de abundância, dominância e freqüência são bem maiores quando comparados as demais espécies desse ecossistema. De acordo com LORENZI (2002), as árvores jovens apresentam forma piramidal, sendo bem diferentes das árvores adultas.
A A. angustifolia muito raramente apresenta regeneração natural na floresta onde vive, como não tolera sombra, seu crescimento é muito lento. Encontra-se ausente na área central da Floresta Atlântica, ocorrendo porém em várias partes desta floresta acima do limite arbóreo, isto é, nas zonas campestres serranas (RIZZINI, 1995).
É uma planta dióica, porém, pode desenvolver a monoicia quando submetida a traumas ou doenças (BANDEL & GURGEL, 1967). No Estado de Santa Catarina, REITZ & KLEIN (1966) encontraram araucárias monóicas. O que no início pareceu ser uma espécie nova, acabou sendo descrita como uma forma taxonômica rara da A. angustifolia. A essa alteração foram atribuídos traumas causados por cortes rasos e ataque de parasitas. Geralmente, há uma maior porcentagem de indivíduos de araucária de sexo masculino, tanto em áreas de ocorrência natural como em plantios. Levantamentos em povoamentos naturais não devastados revelaram uma proporção estatisticamente significativa de 52,4% - 55,2% de árvores masculinas para 44,8% - 47,6% de árvores femininas (BANDEL & GURGEL, 1967; MATTOS, 1972; PINTO, 1982).
A sua floração ocorre nos meses de setembro a outubro; esses são os meses em que ocorre a produção de pólen nas flores masculinas e conseqüentemente a polinização das flores femininas. A frutificação acontece nos meses de abril a maio, aproximadamente vinte meses após a formação das flores femininas (LORENZI, 2002). A araucária cresce melhor sob precipitações bem definidas e temperaturas suaves (médias em torno de 20 a 21º C durante o verão e de 10 a 11º C durante o inverno), porém tolera algumas variações (RIZZINI, 1995). 
O pinheiro-do-paraná, quanto ao grupo sucessional, por ser uma espécie pioneira e heliófila, se estende sobre os campos, formando novos capões, mas sendo beneficiada por leve sombreamento na fase de germinação e crescimento até dois anos (REITZ & KLEIN, 1966). Considerando os aspectos fitossociológicos, apresenta regeneração fraca, tanto no interior da floresta como em ambientes pouco perturbados (IBGE, 1992).

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