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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Brasil não cumpriu metas de conservação da Mata Atlântica.


Com vegetação reduzida a 8% da original e distribuída em milhares de fragmentos florestais, a Mata Atlântica convive hoje com ambientes intensamente urbanizados onde se concentram 112 milhões de brasileiros (59% da população) e atividades econômicas que respondem por mais de 60% do PIB nacional. Apesar das profundas transformações que sofreu ao longo da história, o bioma ainda abriga diversas e raras formas de vida e fornece água, opções de lazer, proteção de encostas e outros serviços ambientais indispensáveis ao desenvolvimento e à manutenção da qualidade de vida das populações. Logo, merece atenção especial de governos, setor privado e sociedade. Apresentado na última sexta-feira (4), um diagnóstico sobre o cumprimento de metas de conservação da biodiversidade na Mata Atlântica, elaborado pelo WWF-Brasil em parceria com a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e apoio de uma série de instituições, aponta que o Brasil tem amplo espaço para avançar na manutenção e principalmente na recuperação do bioma. Das 51 metas nacionais para proteção da floresta, baseadas em diretrizes globais da Convenção das Nações Unidas sobre Conservação da Diversidade Biológica, o país cumpriu duas na totalidade, cinco não foram executadas e o restante encontra-se em estágios intermediários de cumprimento. “Planos oficias e privados de desenvolvimento não deram a devida prioridade ao bioma, resultando em esforços insuficientes para sua restauração e conservação”, disse Cláudio Maretti, superintendente de Conservação do WWF-Brasil. De forma geral, os maiores avanços se deram em produção de conhecimento e criação de áreas protegidas. Há grande quantidade de informações sobre as riquezas naturais da Mata Atlântica, como uma listagem completa de suas quase 16 mil plantas diferentes e de suas áreas prioritárias para conservação. A meta de se proteger dez em cada cem hectares de sua área até 2010 foi quase atingida, com 8,9% do bioma em unidades de conservação públicas e privadas. Vale ressaltar que elas são em média menores que as de outros biomas e precisam proteger mais animais e plantas raros ou ameaçados de extinção.
Indicadores menos satisfatórios foram registrados em monitoramento e redução de impactos, acesso a recursos genéticos e repartição de benefícios, educação e informação pública, e fortalecimento jurídico e institucional. O uso sustentável da biodiversidade também não avançou, por entraves como a alta fragmentação do que resta do bioma, impedindo o manejo florestal, e pela falta de projetos focados no aproveitamento de frutos, fibras e outros recursos não-madeireiros. “As metas brasileiras eram bastante ambiciosas e, na média de seu cumprimento, o país avançou na proteção da Mata Atlântica. Todavia, há um descompasso entre necessidades ambientais e capacidade estatal para cumpri-las”, ressaltou Luciana Simões, coordenadora do Programa Mata Atlântica do WWF-Brasil. Parques nacionais e estaduais e outras unidades de “proteção integral” somam apenas 2,3% da área protegida no bioma. Na Mata Atlântica há 627 reservas particulares, a maior concentração do país, e muitas se interligam com outras parcelas importantes para a conservação da biodiversidade. “Estima-se que 80% dos remanescentes da Mata Atlântica estejam com proprietários privados. Logo, eles são fundamentais para se resguardar o que resta da floresta. Mas, praticamente não existe política pública para incentivar a criação e manutenção de reservas particulares”, ressaltou Luciana Simões.
Encerrado o prazo de 2010 e com as decisões tomadas na conferência de Nagoia (Japão), em outubro passado, deverão ser protegidos ao menos 17% da Mata Atlântica até 2020, o dobro do hoje abrigado em unidades de conservação.  Para áreas marinhas, que têm relação estreita com o bioma, o percentual a ser protegido permaneceu em 10%. Hoje, há apenas 1,53% de áreas protegidas no mar brasileiro, enquanto 80% dos recursos pesqueiros marinhos estão super explorados.
“Hoje não temos remanescentes em quantidade e qualidade para alcançar a meta de 17%. Se o Código Florestal tivesse sido respeitado, teríamos um quadro muito melhor”, destacou Clayton Lino, presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA) e um dos coordenadores do estudo. “Precisamos de um plano nacional com metas anuais até 2020, focado na restauração da mata, formação de corredores e pagamento por serviços ambientais”, disse. A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica é a maior entre as 564 reservas semelhantes reconhecidas pelas Nações Unidas em 109 países, formando um grande corredor com áreas em 15 estados. Clayton Lino, da RBMA, lembra que as metas de conservação para 2020 exigem do Brasil um olhar mais intenso a todos os seus biomas terrestres e para o mar, bem como um reforço de suas instituições públicas para licenciar e agir contra a ilegalidade. “Este balanço aponta lacunas nas ações nacionais pela Mata Atlântica, mas também as correções necessárias para melhorarmos a proteção e recuperação do bioma, algo fundamental para o dia a dia de milhões de brasileiros”, ressaltou. Na contramão da conservação, ainda são registradas agressões como desmatamento ilegal, saque de madeira para lenha e captura de animais para tráfico, empobrecendo o que resta do bioma. Dos 396 animais oficialmente ameaçados de extinção no Brasil, 350 são da Mata Atlântica. Em 1989, eram 171. Atualmente, ela detém 65% dos animais e mais da metade das plantas brasileiras ameaçadas de extinção. Pelo menos 88 aves únicas da Mata Atlântica estão ameaçadas.  “Também grave é a ameaça de descaracterização que paira sobre o Código Florestal e toda a legislação ambiental brasileira. Isso indica a necessidade de uma maior mobilização e articulação política da sociedade em direção a um desenvolvimento efetivamente sustentável”, apontou Luciana Simões, do WWF-Brasil.
FONTE: http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?27542/Brasil-nao-cumpriu-metas-de-conservacao-da-Mata-Atlantica

ONU: desenvolver economia verde custa US$ 1,3 tri por ano

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) afirmou nesta segunda-feira que são necessários US$ 1,3 trilhão por ano para transformar a economia mundial em uma economia verde, isto é, com baixos níveis de poluição ambiental e de consumo de recursos naturais. A quantia equivale a 2% do Produto Interno Bruto (PIB) global e deveria ser destinada a dez setores estratégicos, como energia, transportes, construção e agricultura.                                                                                                
A recomendação faz parte do relatório "Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza", divulgado nesta segunda pelo Pnuma na abertura do Fórum Global de Ministros do Meio Ambiente, que acontece em Nairóbi, no Quênia. Na proposta apresentada, o órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que a mudança no perfil econômico dos países terá a capacidade de elevar o crescimento da economia global a níveis maiores que os atuais, por meio da criação de empregos e diminuição de prejuízos por crises e falta de recursos. Os setores prioritários para investimentos, segundo o Pnuma, são o de energia (US$ 360 bilhões), transportes (US$ 190 bilhões) e turismo (US$ 135 bilhões), por serem grandes responsáveis pela emissão de gases causadores do aquecimento global, além de consumir muitos recursos.
No caso dos transportes, por exemplo, o Pnuma lembra que os prejuízos com poluição do ar, acidentes e congestionamento podem atingir 10% do PIB de um país ou região afetados por esses problemas. O relatório aponta como saída os investimentos pesados em transportes públicos e o desenvolvimento de combustíveis e veículos menos poluentes. O documento, elaborado em colaboração com economistas e especialistas de todo o mundo, afirma que o investimento anual de US$ 190 bilhões até 2050 no setor de transportes pode reduzir a utilização de petróleo em 80% em relação à situação atual - elevando a taxa de emprego em 6%, sobretudo na expansão dos transportes públicos. O estudo do Pnuma também procurou contrapor a ideia de que investimentos em sustentabilidade aumentam as despesas. O relatório cita como exemplo positivo o caso do Brasil, onde a reciclagem gera retornos de US$ 2 bilhões por ano, ao mesmo tempo em que evita a emissão de 10 milhões de toneladas de gases causadores do efeito estufa.

Subsídios
O Pnuma lembra que entre 1% e 2% do PIB global são destinados para subsídios considerados "insustentáveis", como o petróleo e outros combustíveis fósseis, que podem desaparecer no futuro. “A aplicação inadequada de capital está no centro dos atuais dilemas do mundo e há medidas rápidas que podem ser tomadas, começando hoje", afirmou Pavan Sukhdev, diretor da iniciativa Economia Verde, ao apresentar as propostas. O estudo atribuiu aos governos locais a responsabilidade pelo desenvolvimento de políticas públicas inovadoras e capazes de viabilizar os investimentos. No entanto, o estudo sugere que a maior fatia dos recursos seja oriunda da iniciativa privada, e apenas complementada por montantes menores do dinheiro público.
"É evidente que devemos continuar a desenvolver e a fazer crescer as nossas economias. No entanto, esse desenvolvimento não pode acontecer à custa dos próprios sistemas de apoio à vida na terra, dos oceanos e da atmosfera que sustentam as nossas economias e, por conseguinte, as vidas de todos nós”, defendeu Achim Steiner, diretor executivo do Pnuma.
FONTE: GAZETA DO POVO, 21/02/2011 - http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?tl=1&id=1099188&tit=ONU-desenvolver-economia-verde-custa-US-13-tri-por-ano

O Corpo Humano.

Basicamente podemos dizer que o corpo humano é composto por 4 tipos de tecidos, que revestem, protegem, sustentam, possibilitam movimentos e realizam a comunicação química entre o nosso corpo e o sistema nervoso. Diante disso então podemos citar: o Tecido Epitelial, o Tecido Conjuntivo, o Tecido Muscular e o Tecido Nervoso.

A Ameaça das Espécies Exóticas Invasoras

Atualmente um grande problema encontrado por nossos ecossistemas é a questão das Espécies Exóticas Invasoras, no Paraná a Floresta Ombrófila Mista ou também conhecida como Floresta com Araucária, sofre com a pressão exercidas por certas espécies que atuam na Floresta como competidoras. Na floresta com Araucária as espécies sofrem devido a grande propagação de árvores como Pinus, Eucalipto e Alfeneiro. Segundo o decreto 473 de 2008, a Prefeitura Municipal de Curitiba define: "Espécies Florestais exóticas invasoras, são aquelas introduzidas fora de sua área natural de distribuição, cuja dispersão ameaça ecossistemas, espécies que causam impactos ambientais, econômicos, sociais e culturais". Ainda considerando o citado decreto, são consideradas espécies exóticas invasoras: Eucalipto (Eucalyptus spp), Uva-do-Japão (Hovenia dulcis), Alfeneiro (Ligustrum lucidum), Amora-Preta (Morus nigra), Pinus (Pinus spp), Pau Incenso (Pittosporum undulatum) e Cinamomo (Melia azedarach).

Araucária ou Pinheiro do Paraná.

A sua Sinonímia Botânica é Araucaria brasiliana A. Reich. Pertence à divisão Pinophyta, classe Coniferopsida, ordem: Coniferae, família Araucariaceae e conhecida vulgarmente como pinheiro-do-paraná, pinho, brazilian pine, Pinheiro-Macaco, pinho-brasileiro e araucária (LORENZI, 2002).
            A Araucaria angustifolia, é uma espécie que apresenta caráter dominante na vegetação, representada por uma grande porcentagem dos indivíduos no estrato superior e ocorrendo como espécie emergente. Atinge grandes alturas e diâmetros (LONGHI, 1980; LEITE & KLEIN, 1990). A araucária apresenta grande contribuição na estrutura da floresta, dominando o estrato superior e permanecendo como indivíduos senis nas florestas mais desenvolvidas (LONGHI, 1980; JARENKOW, 1985). Segundo REITZ & KLEIN (1966), o pinheiro é uma espécie pioneira e heliófita, que avança e irradia-se sobre os campos de tal maneira que forma continuamente novos capões cuja composição varia de acordo com as condições edáficas e climáticas. Seu tronco é reto, uniforme e cilíndrico; e se ramifica em pseudo verticilos. Possui casca grossa, de cor marrom, áspera e rugosa. Sua altura pode variar de 30 a 50 metros e apresentar um diâmetro superior a 2 metros, suas folhas são coriáceas, glabras, agudíssimo-pungente, de 3 a 6 cm de comprimento por 1 cm de largura. Essa espécie na F.O.M. representa mais de 40% dos indivíduos arbóreos, seus valores de abundância, dominância e freqüência são bem maiores quando comparados as demais espécies desse ecossistema. De acordo com LORENZI (2002), as árvores jovens apresentam forma piramidal, sendo bem diferentes das árvores adultas.
A A. angustifolia muito raramente apresenta regeneração natural na floresta onde vive, como não tolera sombra, seu crescimento é muito lento. Encontra-se ausente na área central da Floresta Atlântica, ocorrendo porém em várias partes desta floresta acima do limite arbóreo, isto é, nas zonas campestres serranas (RIZZINI, 1995).
É uma planta dióica, porém, pode desenvolver a monoicia quando submetida a traumas ou doenças (BANDEL & GURGEL, 1967). No Estado de Santa Catarina, REITZ & KLEIN (1966) encontraram araucárias monóicas. O que no início pareceu ser uma espécie nova, acabou sendo descrita como uma forma taxonômica rara da A. angustifolia. A essa alteração foram atribuídos traumas causados por cortes rasos e ataque de parasitas. Geralmente, há uma maior porcentagem de indivíduos de araucária de sexo masculino, tanto em áreas de ocorrência natural como em plantios. Levantamentos em povoamentos naturais não devastados revelaram uma proporção estatisticamente significativa de 52,4% - 55,2% de árvores masculinas para 44,8% - 47,6% de árvores femininas (BANDEL & GURGEL, 1967; MATTOS, 1972; PINTO, 1982).
A sua floração ocorre nos meses de setembro a outubro; esses são os meses em que ocorre a produção de pólen nas flores masculinas e conseqüentemente a polinização das flores femininas. A frutificação acontece nos meses de abril a maio, aproximadamente vinte meses após a formação das flores femininas (LORENZI, 2002). A araucária cresce melhor sob precipitações bem definidas e temperaturas suaves (médias em torno de 20 a 21º C durante o verão e de 10 a 11º C durante o inverno), porém tolera algumas variações (RIZZINI, 1995). 
O pinheiro-do-paraná, quanto ao grupo sucessional, por ser uma espécie pioneira e heliófila, se estende sobre os campos, formando novos capões, mas sendo beneficiada por leve sombreamento na fase de germinação e crescimento até dois anos (REITZ & KLEIN, 1966). Considerando os aspectos fitossociológicos, apresenta regeneração fraca, tanto no interior da floresta como em ambientes pouco perturbados (IBGE, 1992).