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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Fundação SOS Mata Atlântica abre inscrições para 2ª edição do Concurso de Desenhos


A partir de 29/8, crianças e adolescentes, de 7 a 14 anos, poderão inscrever seus desenhos com o tema “Atitudes pela Mata Atlântica”.

A Fundação SOS Mata Atlântica abre, a partir de 29 de agosto, inscrições gratuitas para a segunda edição do “Concurso de Desenhos SOS Mata Atlântica 2011”. Destinado a crianças e adolescentes, de 7 a 14 anos, o concurso tem o objetivo de estimular o interesse das futuras gerações na conservação do bioma mais ameaçado do Brasil. As inscrições poderão ser feitas até 28 de outubro (data de carimbo dos Correios).

Com o tema “Atitudes pela Mata Atlântica”, os desenhos devem ser entregues em papel A4, não havendo restrições de técnicas e materiais (tinta, lápis de cor, hidrocor, aquarela, guache, grafite etc.). O trabalho deve ser feito a mão livre e não serão aceitos desenhos feitos em softwares gráficos. Além disto, o desenho deve ser individual, inédito e original. Cada participante poderá inscrever apenas um trabalho.

As inscrições devem ser enviadas por correio ou realizadas pessoalmente na sede da SOS Mata Atlântica (de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h). Junto ao desenho deve estar anexada a ficha de inscrição devidamente preenchida e assinada pelo responsável. 

Escolas e outros grupos podem enviar várias inscrições de diferentes participantes em um único envelope, desde que contenham as fichas individuais de cada criança anexadas aos seus respectivos desenhos.
 
Serão premiados 10 trabalhos com kits de produtos da SOS Mata Atlântica, que contém camiseta, bicho de pelúcia, caneca, entre outros. Os três primeiros colocados também ganharão uma maleta com materiais para colorir e desenhar. A avaliação será feita por um júri composto por profissionais da ONG e convidados que selecionarão os trabalhos mais criativos, originais e adequados ao tema.
FONTE: http://www.sosmatatlantica.org.br/index.php?section=content&action=contentDetails&idContent=892

Remoção inédita do mico-leão-da-cara-dourada no RJ

Pela primeira vez no Brasil, pesquisadores preparam a retirada de grupos de mico-leão-da-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas) de uma área em Niterói, no Rio de Janeiro, próxima a uma região habitada por outro primata, o mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia). A remoção será necessária para evitar que os grupos se encontrem, o que seria prejudicial à manutenção de ambas as espécies. Os micos-leões-de-cara-dourada removidos serão soltos em uma área de Mata Atlântica no sul da Bahia, dentro de sua região de ocorrência natural, mas num lugar onde atualmente não há exemplares da espécie.
O programa de remoção do mico-leão-da-cara-dourada será desenvolvido pelo Instituto Pri-Matas para a Conservação da Biodiversidade, com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção a Natureza. O instituto terá também a parceria do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Conservação International-Brasil, Associação Mico-Leão-Dourado, Instituto Estadual do Ambiente (INEA-RJ), Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ), Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, Instituto de Estudos Socioambientais do Sul da Bahia e Universidade Federal do Espírito Santo/Centro Universitário Norte do Espírito Santo (UFES/CEUNES). Além da Fundação Grupo Boticário, patrocinam a iniciativa: Câmara de Compensação Ambiental - Rio de Janeiro Lion Tamarin of Brazil Fund, Primate Action Fund, Margot Marsh Foundation e MBZ Species Conservation Fund.
A população de micos invasores é de aproximadamente 106 indivíduos, distribuídos em 15 grupos, de acordo com levantamento coordenado em 2009 pela pesquisadora Maria Cecília Kierulff, responsável técnica pelo programa de remoção e afiliada ao Instituto Pri-Matas. Os micos-leões-da-cara-dourada estão em uma área de mata do Parque Estadual da Serra da Tiririca e do Parque Municipal Darcy Ribeiro, próxima a vários condomínios residenciais, e têm convivência com os moradores, que os alimentam com frequência. Os primeiros animais foram observados em 2002 e, segundo Cecília, foram soltos acidentalmente, por ação humana.
Para capturar os micos-leões-da-cara-dourada serão utilizadas armadilhas. O processo prevê a captura de quatro grupos a cada três meses. Se a população dos invasores tiver aumentado, a previsão é de que sejam capturados mais grupos a cada três meses. Após a captura, os grupos passarão por um período de quarentena e depois serão transportados de avião para Porto Seguro, BA e, em seguida, de carro para a área escolhida para sua liberação. Este método é conhecido como translocação. Logo que eles forem soltos serão monitorados diariamente até os pesquisadores terem certeza de que ficarão bem. “Essa será a primeira vez que vamos realmente fazer um manejo de espécies invasoras no Brasil, seguindo os protocolos para captura, quarentena e soltura para mico-leão”, afirma Cecília. O trabalho está na fase inicial e deve ser concluído no período de três anos.
Apesar das diferenças das espécies, o processo de translocação dos micos invasores será parecido com o procedimento adotado por Cecília Kierulff há 15 anos, quando realizou um trabalho com os mico-leões-dourados. Naquela ocasião, Cecília encontrou grupos isolados da espécie em fragmentos de florestas, capturou seis grupos e soltou-os numa floresta única – sem micos-leões-dourados, mas dentro da área de ocorrência dos animais. “Hoje a Reserva União possui 300 indivíduos, segunda maior população da natureza, descendentes dos 42 que foram reintroduzidos no local”, ressalta a pesquisadora.
O único problema neste processo que será iniciado em Niterói, segundo Cecília, é se a população do mico-leão-da-cara-dourada tiver crescido acima do previsto. Se isto ocorreu, os pesquisadores terão problemas para capturar todos e o processo pode ser mais demorado do que o esperado. Por isso, a captura será bem programada para que seja observado o deslocamento de outros grupos da espécie na área e será usado também um equipamento de play back, uma espécie de aparelho de som que transmite o  chamados dos grupos para atrair os micos.
Antes de iniciar as capturas, os pesquisadores explicarão aos moradores os motivos da remoção do mico-leão-da-cara-dourada, visto por muitos como “animais de estimação”. Estas pessoas fornecem alimentos para os grupos nos quintais de suas casas e se afeiçoaram aos micos-leões-de-cara-dourada. Por isso, será realizado um programa de comunicação voltado principalmente para estes moradores, para esclarecer sobre os problemas de alimentar os animais e sobre a ameaça que o mico-leão invasor representa para o mico-leão nativo.

Perigos da convivência das duas espécies
Existem grupos de mico-leão-da-cara-dourada vivendo a apenas 50 km de distância de micos-leões-dourados. Além de existirem vários fragmentos de matas pequenos que podem funcionar como ponte conectando as duas populações, grupos de micos-leões podem se locomover em áreas abertas com mais de um quilômetro de extensão. Se nada for feito, em poucos anos a população de mico-leão-da-cara-dourada pode expandir até alcançar as populações de micos-leões-dourados. Se isso acontecer, os animais vão competir entre si pela área e também pelo alimento – eles comem os mesmos alimentos, usam o mesmo habitat e os mesmos locais para dormir. Esta competição fatalmente acabaria por excluir uma espécie, que pode ser o mico nativo. Outro perigo, de acordo com Cecília, é a formação de  híbridos, o que já foi observado  em cativeiro, cujo resultado ainda é desconhecido. “Híbridos são sempre um problema e se forem mais resistentes do que os originais podem excluir as duas espécies e se espalhar rapidamente ou se não se adaptarem, os resultados podem aparecer somente a partir da segunda ou terceira geração”, explicou. As duas espécies estão  na lista oficial brasileira  como ameaçadas de extinção, mas o mico-leão-dourado tem uma população menor. Atualmente são 1,2 mil indivíduos contra 6 mil indivíduos de mico-leão-da-cara-dourada. 
FONTE: http://www.fundacaogrupoboticario.org.br/PT-BR/Paginas/novidades/detalhe/default.aspx?idNovidade=228

Reino Plantae

Classificação das Plantas


Criptógamas:
Briófitas (Avasculares): Musgos e Hepáticas.
Pteridófitas (Primeiras a apresentar tecidos de sustentação): Samambaias, Equisetum (Cavalinha).


Fanerógamas: 
Gimnospermas (Formação de Estróbilos): Pinheiro do Paraná.
Angiospermas (Flores e Frutos): Divididas em Monocotilédoneas e Dicotiledóneas.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

PRIMATAS: Cientistas encontram nova espécie de macaco

Por Jorge Eduardo Dantas de Oliveira

A existência de uma nova espécie de macaco do gênero
Callicebus no noroeste do estado de Mato Grosso é o grande resultado dos estudos de mamíferos realizados durante a Expedição Guariba-Roosevelt.

A nova espécie foi registrada visualmente e fotografada no interfluvio entre a margem direita do rio Roosevelt e margem esquerda do rio Guariba pelo biólogo Julio Dalponte.


Pesquisador responsável pelos estudos de mastofauna, Júlio Dalponte explica que os rios Guariba e Roosevelt, assim como seus afluentes, funcionam como “barreiras” naturais que separam ao menos três espécies diferentes do gênero Callicebus.


“Na margem esquerda do rio Roosevelt, encontrei indivíduos da espécie
Calicebus bernardi, que foi descrita há pouco tempo. O zogue-zogue registrado entre as margens direita e esquerda do Roosevelt possui um padrão completamente diferente de coloração em relação as espécies conhecidas para Amazônia”, afirmou o pesquisador.

“Com relação aos animais observados na margem direita do Guariba, seu padrão de cor da pelagem é bem diferente do anterior, e não se confunde com as características observadas na espécie esperada para aquela área”, complementou.


Júlio Dalponte comentou, ainda, que as prováveis novas espécies, assim como a constatação de que os rios da região funcionam como barreiras biológicas, aumenta o potencial de biodiversidade do noroeste do Mato Grosso e a importância da conservação daquela área.


“Temos informações sobre áreas protegidas do entorno, mas poucos dados disponíveis sobre esta parte do estado. Então temos que trabalhar para complementar este mapa, preencher este vazio que temos de informações sobre esta região”, disse.


Dalponte e pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém do Pará, estão trabalhando em parceria no estudo e descrição da nova espécie.


“Precisamos comparar as características desses animais com o que já conhecemos para atestar se essas espécies não foram identificadas anteriormente”, explicou. Com 144 anos de existência, o Museu Paraense Emilio Goeldi é uma das maiores referências em flora e fauna da região amazônica.


O pesquisador contou ainda que os macacos do gênero
Callicebus foram os pequenos primatas mais encontrados durante a Expedição Guariba-Roosevelt. Sagüis e zogue-zogues apareceram em vários momentos.

Uma curiosidade é que, apesar do termo “guariba” batizar um importante rio, uma vila e a unidades de conservação local, o macaco guariba, do gênero
Alouatta, foi registrado pouquíssimas vezes e apareceu apenas em duas localidades da Resex Guariba- Roosevelt. O pesquisador constatou que essa aparente raridade não se deve a caça, e sim a alguma causa natural.

A Expedição Guariba-Roosevelt


Promovida pelo WWF-Brasil em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Mato Grosso e a empresa Mapsmut, a Expedição Guariba-Roosevelt foi realizada entre os dias 1
o e 20 de dezembro de 2010. Seu objetivo foi colher informações e realizar o “diagnóstico ambiental” de quatro unidades de conservação estaduais situadas no Noroeste do Mato Grosso (Reserva Extrativista Guariba-Roosevelt, Parque Estadual Tucumã, Estação Ecológica Rio Madeirinha e Estação Ecológica Rio Roosevelt).

Apesar de criadas durante a década de 90, essas áreas protegidas ainda não foram suficientemente estudadas e não possuem planos de manejo. Os planos de manejo são documentos oficiais que informam o que pode ou não ser feito no interior de unidades de conservação.


Historicamente, o noroeste do Mato Grosso vem sendo devastado nas últimas décadas pela ocorrência de garimpo, extração de madeira, pesca predatória e abertura de pastagem – mesmo dentro das áreas protegidas.


O analista de conservação do WWF-Brasil, Samuel Tararan, coordenador da expedição, considera que as parcerias entre as instituições envolvidas podem impulsionar o desenvolvimento sustentável na região.


“Iniciativas como esta devem ser incentivadas, atraindo novas parcerias para incentivar a conservação e a valorização da floresta e contribuir para a capacitação e produção das comunidades”, disse ele, referindo-se às alternativas existentes, como a utilização e beneficiamento de produtos madeireiros e não madeireiros extraídos de forma sustentável, ao invés de práticas insustentáveis e danos ambientais.
FONTE: http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?29591/Expedicao-Guariba-Cientistas-encontram-nova-especie-de-macaco